Quase...



Não estais ao meu alcance. Tuas canções compostas na lembrança das noites ardentemente vividas não estão mais expostas aos meus sentidos. Furtas da minha visão o prazer de tuas letras, furtas da minha audição o encanto da tua voz. Vejo-te ao longe e te percebo cada vez mais distante. Diante da ilusória ótica que a distância me proporciona, pareço quase tocar-te, e neste instante, minhas mãos quase sentem tua pele novamente.

Minha imaginação que brinca com meus sentidos, me causa a dolorosa ilusão de que te sinto cada vez que fecho os olhos e revivo antigos momentos. Que estranha é a sensação de acordar dos sonhos onde tu és o personagem principal.

Não tem problema, podes partir. Não te seguirei rumo ao destino que estais a buscar. Ficarei aqui, no mesmo lugar onde um dia eu te encontrei. O futuro não é garantido, nem sei se ele chegará. Se o nosso destino a Deus pertence, então por que me preocupar?
Gil Façanha

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