Não me reconheço. Ao final dessa metamorfose, serei novamente apresentada a mim mesma.  Ainda percebo antigas qualidades que permanecem em meu ser. Descubro e reconheço certas fraquezas com as quais nunca convivi antes. Entorpeço-me de certas angústias apenas castigantes, pois de nada me servem.
Na imensidão de minhas buscas, minhas perguntas desgastadas pela ausência de respostas, por vezes, me consomem.
Meu corpo, por incontáveis momentos de falta de percepção, não me responde mais. Adormeceu.
Minha alma, sofre certas dores, pois foi envenenada pela ausência do indispensável sabor das certezas flutuantes das minhas emoções.
As vezes, despercebo a imensidão do mar, por ter em mim, a gigantesca inquietude do viver, do buscar, do esperar... Sempre... Confiar.
Sentada por um momento, a beira do caminho, olho para trás e percebo que já estou mais perto  que longe, dos objetivos que me sustentam de pé. E apesar de não entender tantas coisas que se passaram nesse trajeto que está para trás, ainda sinto falta de certos momentos vividos.
Há um vazio que me enche... De uma certa melancolia, uma certa tristeza que vem do mais profundo do meu ser e corroe a aparente alegria diária. Busco nas letras, nos meus poemas, uma fuga original, com rimas que não sejam óbvias, e ainda assim, me canso de tentar arrancar do meu peito, certos sentidos, certos sentir que já não possuem mais palavras para serem descritos, posto que tudo já foi dito.
É, existe um momento de vazio na alma... De falta de alegria, de falta de empolgação, de ausência... De mim mesma.

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