Poesia na areia




Debrucei-me sobre os grãos...
Brancas cores a viajar nas mãos do vento.
Meus dedos, canetas improvisadas sobre o chão,
Rabiscaram meus profundos sentimentos.

O sol no horizonte, um brilho cego,
Trazia-me de presente a inspiração.
Eu queria a rima certa, puro ego,
E dos meus versos, o mar seria guardião.

Escrevendo como quem desenha a alma,
Fiz-me pintura em letras grandes na areia.
A correnteza me levou em ondas calmas,
E a poesia mergulhou feito sereia.

Gil Façanha

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