Por um momento que seja



Entrego-me ao aconchego do calor em teu peito,
E antecipo o sabor amargo da precoce despedida.
O vento lá fora sacode a janela, de um jeito...
Como quem ameaça devastar nossa vida.

Nesse instante desejado, insano e perfeito,
Não cabe culpa ou temor em sofrer.
Teu carinho semeia um sorriso em meu peito,
E dou o nome de vida, ao que se faz florescer.

Amarguei a saudade de um amor tão estranho,
Não sabia o nome ou que rosto teria.
Minha alma aguardava com anseio tamanho,
Que sem te conhecer, já te pertencia.

Somos a pura paixão ardendo em febre terçã,
Mas esse vento lá fora me assusta, não nego.
Sem esperar que o sol venha nascer amanhã...
Anoiteço em teus braços, e por completo me entrego.

Gil Façanha 

Comentários

Anônimo disse…
Obrigada pela visita ao meu blog e por seguí-lo!

Amei seu blog... seus poemas são explêndidos!
Parabéns!!

Beijos,
Tandorí Tiamat.
Mirian Marclay disse…
Passei para dizer da saudade e que gosto mesmo desse poemas. Primeira linha do último parágrafo...Bjs!!!
Unknown disse…
Lindo Gil!
"Minha alma aguardava com anseio tamanho,
Que sem te conhecer, já te pertencia."
Tão verdade isso.

Bj

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