Puro desejo




Esse desejo que me domina,
Trás consigo o temor do adeus eterno.
Essa sede que mata e faz de você minha sina,
Transforma o antigo paraíso em meu particular inferno.

As lembranças do encaixe sutil e perfeito,
Oscilam com o toque selvagem a tomar-me no chão.
Meu corpo anseia o calor do teu peito em meu peito,
E teu dom de fazer-me mulher em intensa explosão.

Se ainda queimo ardendo em desejos escusos,
É que vivo na sofreguidão de estar em teus braços,
Na avidez de entregar-me aos nossos momentos sempar.

Com a certeza que essa paixão não se desfez,
Rogo-te... Toma-me com insensatez...
Pois só assim me agrada ser tua... Pois só assim me podes domar.


Gil Façanha


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